“Assim não dá para investigar”. O desabafo foi feito pelo juiz Fausto De Sanctis, 43, da 6ª Vara Criminal de São Paulo, à Globo News, na noite de ontem (11), sexta.
Foi uma referência à decisão do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, que mandou soltar o banqueiro Daniel Dantas nas duas vezes em que ele foi preso pela Polícia Federal por determinação do De Sanctis.
“Fiz o meu papel, é o que basta”, disse o juiz, explicando que determinou as prisões para preservar a integridade das provas.
A primeira prisão (provisória) do banqueiro foi dentro da Operação Satiagraha, da Polícia Federal, que investiga crimes financeiros. A segunda foi pelo fato de Dantas, por intermédio de emissários, ter tentado subornar um delegado da PF para que ele e sua irmã Verônica não fossem presos.
O ministro Mendes entendeu que De Sanctis, ao determinar a segunda prisão (desta vez preventiva), quis afrontar o Supremo e por isso liberou de novo o banqueiro Dantas.
Sem citar o nome de Mendes, De Sanctis respondeu a Mendes ao afirmar que se esforça para tomar uma decisão de juiz, imparcial, “que é aquilo que o povo espera”.
Juízes federais e procuradores têm feito duras críticas ao ministro Mendes.
> "Justiça começa a incomodar os poderosos", afirma o juiz De Sanctis. (Folha)
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