A FioCruz (Fundação Oswaldo Cruz) vai divulgar por estes dias um relatório sobre as ocorrências de intoxicações por medicamentos, mas já adiantou que em 2006 registrou-se um recorde.
Naquele ano, houve em todo o país a média de três ocorrências por hora, o que deu o total 32.884 casos ou 30% a mais em relação a 2005. A informação foi publicada pelo Estadão de hoje.
A maioria das intoxicações por remédios ocorreu no Estado de São Paulo, com 13.471 casos (41% do total).
As principais causas são excesso de consumo, falta de conhecimento sobre as contra-indicações e automedicação.
Por descuido dos pais, as crianças têm sido as principais vítimas, principalmente as de 1 a 4 anos.
Olha que dado terrível: as intoxicações por medicamentos estão entre as principais causas dos óbitos (de crianças e adultos) do país, de acordo com o Ceatox Centro de Assistência do Instituto de Criança) de São Paulo.
O Portal Farmácia, em artigo do doutor Adam Macedo Adami, informa que os analgésicos (antitérmicos e antiinflamatórios) lideram o ranking das intoxicações. Em seguida vêm os antidepressivos e estimulantes e, em terceiro lugar, os medicamentos para problemas cardiovasculares.
Entre as circunstâncias em que ocorrem as intoxicações consta, veja só, erro médico ou profissional de saúde (enfermeiros, por exemplo) que dá medicamento a paciente.
Mais alguns dados do portal:
# No Rio Grande do Sul, as crianças de 1 a 4 anos correspondem a quase 40% das vítimas.
# Muitas intoxicações são conseqüências de medicação desnecessária ou perigosa. Esse é o caso de 17% dos remédios prescritos aos idosos.
# Combinações de remédios prescritos por diferentes especialistas podem ser fatais.
# No Estado do Rio, cerca de 50% dos pacientes internados apresentam alguma reação adversa a medicamentos. Desses pacientes, 5% morrem. Dos pacientes que passam pelo ambulatório, apenas 5% desenvolvem reações a medicamentos.
Conclusão: quanto menos se tomar remédios, melhor.
> Centro de Assistência Toxicológica do Instituto da Criança, de São Paulo.